O Ministério Público de Minas Gerais entrou com uma Ação Pública contra a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) após constatar que a água fornecida à população de Peçanha está imprópria para o consumo humano. A denúncia foi baseada em uma análise técnica que revelou irregularidades nos parâmetros de qualidade da água, com a presença de contaminantes inorgânicos e fluoretos fora dos padrões exigidos. A situação ficou mais grave quando imagens mostraram um animal morto no manancial que abastece a cidade, o que levou à abertura de um inquérito civil e à realização de uma perícia.
Em resposta ao caso, a Promotoria de Justiça solicitou o bloqueio de R$ 10 milhões das contas da Copasa como forma de garantir uma possível indenização por danos morais coletivos, além da suspensão imediata da cobrança de tarifas até que a água esteja dentro dos padrões de potabilidade. O MP também requisitou que a empresa, junto com o município de Peçanha, iniciasse uma campanha informativa para alertar a população sobre os cuidados necessários no consumo da água, além de estabelecer um cronograma para garantir a melhoria do abastecimento.
Outras medidas solicitadas incluem a comprovação de que a água fornecida atende às exigências do Ministério da Saúde no prazo de 60 dias e a realização de perícias periódicas pela Fundação Ezequiel Dias a cada 120 dias. O MP ainda propôs uma multa diária de R$ 1 mil caso as determinações não sejam cumpridas pela Copasa. A empresa, por sua vez, informou que não se manifestaria sobre os procedimentos administrativos em andamento.