O minério de ferro está se encaminhando para sua maior perda anual desde 2015, após a crise imobiliária na China impactar negativamente a demanda, enquanto as mineradoras aumentaram a produção. Os preços da commodity caíram cerca de 28% em 2024, negociando pouco acima de US$ 100 por tonelada em Cingapura, e encerraram o último dia do ano em queda, apesar dos dados que apontam sinais de recuperação da atividade fabril no país. Em dezembro, o índice de gerentes de compras da China mostrou uma expansão da indústria, com o PMI acima de 50 pontos, indicando crescimento da atividade econômica.
A crise no setor imobiliário da China continua a pesar sobre o mercado, com a demanda por minério de ferro não apresentando sinais consistentes de recuperação. A maior parte da queda nos preços ocorreu no primeiro trimestre de 2024, e em setembro, os valores chegaram ao seu nível mais baixo desde 2022. Mesmo com alguns dados mais positivos sobre a economia chinesa, o mercado do minério de ferro permanece pressionado pela desaceleração econômica e pela fraca recuperação no setor imobiliário.
Enquanto isso, outros metais básicos como cobre e zinco mostraram um desempenho mais positivo, com o índice LMEX, que reflete os preços de seis metais na Bolsa de Metais de Londres, apresentando um ganho modesto de 5% ao longo do ano. No mercado de metais, o estanho foi o maior ganhador, enquanto o zinco também teve um pequeno aumento. Contudo, o minério de ferro manteve-se praticamente estável, com os contratos em yuan e os futuros de aço em Xangai operando em baixa no final de 2024.