A cúpula das Forças Armadas teme a inclusão de mais militares em investigações conduzidas pela Polícia Federal. Um dos nomes mais mencionados para futuras operações é o de um ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, que já foi indiciado no inquérito relacionado ao golpe. Além disso, a possibilidade de novos depoimentos de militares detidos, que poderiam implicar colegas de farda no planejamento da trama, está sendo analisada com atenção pelos membros das Forças Armadas.
Recentemente, a prisão de um general e a operação de busca em endereços ligados a um ex-assessor político geraram discussões internas sobre o impacto das investigações na imagem das Forças Armadas. A avaliação é que a prisão de um oficial de alta patente afeta a reputação da instituição, embora se considere que a pessoa detida já não atuava mais como militar, mas como um agente político. Este movimento está ligado às investigações sobre o envolvimento de membros do governo anterior em ações que desrespeitaram a ordem democrática.
A expectativa é que novas provas surgem a partir de documentos encontrados durante as operações, que podem trazer mais informações sobre a preparação de um golpe e sobre uma operação paralela envolvendo a tentativa de silenciar um colaborador das investigações. A apreensão de celulares e dispositivos digitais de envolvidos pode revelar mais detalhes sobre como os eventos estavam sendo organizados e sobre tentativas de manipular depoimentos chave.