O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no dia 5 de dezembro, em uma investigação sobre possíveis irregularidades durante a gestão do governo anterior. Durante o depoimento, Cid foi ouvido por cerca de duas horas, e a intimação foi assinada pelo delegado responsável pelas investigações que envolvem o ex-presidente. Este é o mais recente de vários depoimentos prestados por Cid, que já foi ouvido mais de 10 vezes desde o início das apurações.
Cid foi preso em um momento das investigações, mas posteriormente teve sua liberdade concedida após firmar um acordo de delação premiada com as autoridades. Esse acordo, também conhecido como colaboração premiada, visa proporcionar benefícios processuais ao investigado em troca de informações relevantes para os inquéritos. Ele tem sido uma peça central em investigações sobre um suposto plano de golpe de Estado, no qual ele e outras 36 pessoas foram indiciadas, sendo a maioria militares.
O inquérito que envolve Cid e outras figuras está sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República, que deve decidir sobre o oferecimento de denúncias. Além dessa investigação, outras continuam em andamento, e Cid, como colaborador, tem a obrigação de prestar novos esclarecimentos sempre que intimado. A colaboração de Cid segue sendo essencial para o avanço das apurações, que envolvem questões delicadas e de grande repercussão para o cenário político e institucional.