Felipe Ferreira Carolino, conhecido como Zulu, um dos milicianos mais procurados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi preso nesta quarta-feira (11) enquanto recebia atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na zona Oeste da cidade. Ele estava no local após ser transferido do Hospital Municipal Pedro II, onde teria recebido tratamento diferenciado. Quando a polícia chegou, Zulu estava aparentemente tranquilo, fumando um cigarro, e portava uma pistola.
A prisão gerou suspeitas sobre a existência de um esquema de favorecimento a milicianos em unidades de saúde públicas, o que levou a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO) a investigar as possíveis irregularidades. A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que Zulu foi atendido de maneira regular, sem que sua condição criminal fosse conhecida pela UPA até a chegada da polícia. A coordenação da unidade informou que o paciente passou por todos os procedimentos médicos padrão e que havia sido repreendido por desrespeitar as normas de não fumar dentro do hospital.
Zulu, que já havia sido preso em 2019 e libertado em 2023, retomou rapidamente a liderança de sua milícia na favela do Rodo, em Santa Cruz. Ele agora enfrenta novos inquéritos relacionados a homicídios e desaparecimentos, além da acusação de constituição de milícia privada. As investigações da polícia continuam para apurar o envolvimento de integrantes da milícia em esquemas ilegais dentro do sistema de saúde pública.