Entre janeiro e outubro de 2024, o número de unidades consumidoras que migraram para o mercado livre de energia no Brasil atingiu 20.973, mais que o triplo do total registrado no ano anterior, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O destaque entre os setores que mais aderiram ao mercado livre foi o comércio e serviços, com padarias, supermercados, farmácias e escritórios representando 77% das migrações. Esse aumento foi impulsionado pela ampliação da abertura do mercado, permitindo que pequenas e médias empresas também pudessem ingressar no Ambiente de Contratação Livre (ACL).
O mercado livre tem atraído empresas em busca de descontos significativos nas contas de energia, que podem chegar a 35% para empresas e até 20% para consumidores. Somente no setor de serviços, 5.596 consumidores fizeram a migração em 2024, enquanto o comércio contabilizou 5.058 migrações e a indústria de manufaturados, 2.431. Ao todo, desde a implementação dessa possibilidade, 58.875 unidades consumidoras já migraram, com 18.344 representadas por comercializadoras varejistas na CCEE.
Os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro foram os que mais registraram migrações para o mercado livre, com destaque para São Paulo, que liderou com 6.847 migrações. A maior adesão ao ACL reflete não apenas a expansão da possibilidade de migração, mas também a busca das empresas por maior controle sobre seus custos e uma maior previsibilidade no consumo de energia.