O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, comemorou o anúncio de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), classificando-o como um marco histórico e estratégico. Após mais de 20 anos de negociações, o acordo representa o maior entre blocos econômicos no mundo, envolvendo mais de 700 milhões de pessoas. Alckmin destacou a importância desse acordo em um cenário global polarizado e fragmentado, ressaltando que ele abre novas oportunidades para o crescimento econômico, aumento das exportações, geração de empregos e controle da inflação no Brasil.
Apesar de sua celebração, Alckmin explicou que o acordo não terá efeito imediato. Ele passará por etapas como tradução, votação no Parlamento Europeu e no Conselho Europeu, e, em seguida, pelos países do Mercosul. Embora o acordo já tenha sido finalizado, a formalização depende de sua ratificação pelos membros do Mercosul, incluindo o Brasil, e pela UE. O vice-presidente afirmou que o tratado traz benefícios mútuos, promovendo uma agenda positiva para os países envolvidos e para a economia global, com destaque para os setores agrícola, industrial e de serviços.
Alckmin também abordou a resistência de alguns países, como a França, mencionando que, apesar de eventuais desafios, o acordo foi construído com apoio amplo dentro dos países do Mercosul. Estudo preliminares indicam que as exportações brasileiras para a União Europeia podem crescer significativamente, com destaque para setores como serviços e indústria de transformação. O acordo, segundo Alckmin, representa uma vitória não apenas para os blocos envolvidos, mas também para a geopolítica mundial, ao contribuir para a redução das tensões e promover a integração entre grandes economias.