Após mais de 20 anos de negociações, Mercosul e União Europeia anunciaram um acordo de livre comércio, criando uma das maiores áreas comerciais do mundo. A decisão foi amplamente repercutida na imprensa europeia, com veículos como *Público* de Portugal e *El Mundo* da Espanha destacando a importância histórica da parceria. Apesar do otimismo em algumas regiões, o acordo gerou reações adversas, especialmente na França e na Bélgica, onde agricultores organizaram protestos e bloqueios de estradas, preocupados com os impactos do tratado.
O acordo ainda precisa percorrer uma série de etapas antes de entrar em vigor. Após a conclusão da revisão legal, o texto será traduzido para as 23 línguas oficiais da União Europeia e as duas do Mercosul. Posteriormente, as partes envolvidas deverão assiná-lo e submetê-lo aos respectivos processos internos de aprovação, como no caso brasileiro, que dependerá de aval do Congresso Nacional. Por fim, os países ratificarão formalmente o compromisso para garantir a implementação do acordo.
Embora celebrado como uma vitória diplomática, o tratado enfrenta resistência significativa em alguns países europeus. A França, por exemplo, já indicou que pode buscar aliados para bloquear sua aprovação, devido a preocupações com questões agrícolas e ambientais. Ainda assim, o avanço nas negociações representa um marco nas relações entre os dois blocos, com potencial para gerar mudanças significativas no comércio global.