Após mais de 20 anos de negociações, o Mercosul e a União Europeia concluíram os termos de um acordo comercial abrangendo 27 países europeus e quatro sul-americanos, com um total de 718 milhões de habitantes e um PIB combinado de US$ 22 trilhões. A entrada em vigor do acordo, no entanto, depende de uma série de etapas formais, incluindo revisão legal, tradução e aprovação interna pelos países membros. O governo brasileiro vê o acordo como estratégico para diversificar suas parcerias comerciais e modernizar sua indústria, com a expectativa de fortalecer os laços com a Europa, seu segundo maior parceiro comercial.
O processo para a implementação do acordo começa com a revisão legal do texto, que já está em estágio avançado, seguida pela tradução para 25 idiomas, incluindo os oficiais do Mercosul e da União Europeia. Após essas etapas, o documento será assinado pelos blocos, sendo necessário, em seguida, o processo de internalização e ratificação nos respectivos países, como o Brasil, onde o Executivo e o Legislativo devem aprovar o acordo. A ratificação formaliza o compromisso de cumprimento dos termos, e o acordo poderá entrar em vigor logo após a conclusão dos trâmites internos de ambos os blocos.
Com a entrada em vigor do acordo, o Brasil espera impactos econômicos significativos até 2044, incluindo um aumento de 0,34% no PIB e uma elevação de 0,76% nos investimentos. Além disso, estima-se uma redução no nível de preços ao consumidor e um aumento nos salários reais, além de um impacto relevante nas exportações e importações brasileiras. Embora ainda não haja um prazo definido para a ratificação, o governo projeta um cenário positivo para a economia do país com a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.