Os presidentes dos países-membros do Mercosul anunciaram nesta quarta-feira (6) a conclusão das negociações para um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), considerado um marco importante para a integração econômica da região. O pacto, que vinha sendo aguardado há 25 anos, é visto como uma oportunidade para impulsionar as exportações e atrair investimentos, fortalecendo o Mercosul no cenário global. Os líderes destacaram que o Acordo de Parceria contribuirá para ampliar o acesso dos países do bloco aos mercados internacionais, consolidando o Mercosul como uma plataforma de integração econômica.
No comunicado conjunto, os chefes de Estado celebraram os benefícios econômicos e comerciais do acordo, sem entrar em detalhes sobre questões políticas internas. Um dos pontos notáveis foi a omissão de menções diretas à crise política e humanitária na Venezuela, que frequentemente gera divisões entre os membros do bloco. Em vez disso, o texto focou em uma declaração genérica sobre o respeito à democracia e à segurança na região, reafirmando a importância da estabilidade democrática para a paz e a segurança de todos os países da América do Sul.
A declaração enfatizou a condenação a qualquer tentativa de desestabilização de governos legitimamente eleitos, mas sem fazer referência explícita à situação venezuelana. Essa postura parece ter sido uma estratégia para evitar aprofundar tensões internas no Mercosul, especialmente entre países com posicionamentos diferentes sobre o regime venezuelano. A ausência de menções mais específicas à Venezuela ilustra o desafio de manter a coesão no bloco, preservando um tom conciliador nas relações entre os membros.