Os presidentes dos países-membros do Mercosul divulgaram um comunicado conjunto no dia 6 de dezembro, celebrando a conclusão das negociações para um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE). O pacto, considerado histórico, tem como foco a integração econômica e comercial dos países do bloco sul-americano com mercados internacionais. O Acordo de Parceria Mercosul-UE, esperado há 25 anos, é visto como um passo importante para fortalecer a posição do Mercosul no cenário global, com a expectativa de impulsionar exportações e atrair investimentos para os países da região.
Apesar de a crise política na Venezuela ser uma questão recorrente nas discussões do bloco, o comunicado evitou mencionar diretamente o país. Em vez disso, os líderes do Mercosul enfatizaram a importância do respeito à democracia e à segurança regional. A declaração reafirma o compromisso com a estabilidade democrática, condenando qualquer tentativa de desestabilizar governos legitimamente eleitos na região, sem fazer referências explícitas à situação venezuelana.
Essa abordagem mais neutra sobre a Venezuela foi interpretada como uma estratégia para manter a coesão interna do bloco, evitando aprofundar divisões entre os membros, especialmente em relação aos governos que têm posições diferentes sobre o regime de Nicolás Maduro. A declaração, ao mesmo tempo que reafirma a condenação à desestabilização, busca preservar a harmonia dentro do Mercosul e não gerar conflitos com os diferentes posicionamentos dos países do bloco.