O Ibovespa teve uma oscilação significativa nesta tarde, saindo de uma trajetória negativa para alcançar sua máxima do dia após a divulgação de informações sobre a saúde do presidente Lula. O índice, que estava em queda antes da notícia, subiu 3.108,91 pontos em apenas dez minutos, chegando a 130.898,89 pontos, o maior nível intraday desde novembro. A notícia sobre um novo procedimento médico para o presidente teve reflexos tanto no câmbio quanto nas ações, com o dólar caindo para R$ 5,95 e as ações de grandes empresas como Petrobras e bancos reagindo positivamente, embora o índice tenha fechado em alta mais modesta de 1,06%.
Apesar da recuperação momentânea, o mercado continua apreensivo com as incertezas fiscais, em especial com o pacote fiscal que gerou críticas e com a sustentabilidade da dívida pública. Os investidores estão preocupados com o impacto de medidas como a isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil e a percepção de que o governo pode estar distante de alcançar um ajuste fiscal eficaz. A semana segue com o Ibovespa acumulando uma alta de 2,90%, mas o sentimento estrutural ainda é de cautela, especialmente com a pressão crescente sobre o endividamento público e as expectativas em torno do Copom, que decidirá sobre a taxa de juros nesta noite.
A decisão do Copom será crucial para o cenário econômico. Há uma expectativa de aumento da taxa Selic, que pode gerar um alívio momentâneo no mercado, mas também reforça as preocupações com a inflação e o ajuste fiscal. O mercado aguarda uma comunicação clara do Banco Central, especialmente considerando a troca de comando que ocorrerá no próximo mês. O câmbio também reflete esse estresse fiscal, com o dólar mais forte devido à percepção sobre a fragilidade das contas públicas, afetando o clima de confiança dos investidores e limitando a recuperação no curto prazo.