O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as tensões recentes entre o mercado financeiro e o governo sobre o pacote de ajuste fiscal são especulativas e não refletem a realidade da economia brasileira. Ele destacou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, com alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior e 4% na comparação anual, impulsionado pelo aumento de investimentos. Costa também celebrou avanços como a geração de empregos e a redução da pobreza, projetando um crescimento econômico de 3,5% para o ano.
Apesar das medidas anunciadas para economizar R$ 70 bilhões, incluindo alterações no abono salarial, ajustes fiscais e reformas em benefícios militares, o mercado considerou o pacote insuficiente para estabilizar a dívida pública. A decisão do governo de conceder isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil gerou críticas por ser anunciada simultaneamente às propostas de contenção de gastos. O clima de insatisfação pode influenciar a política monetária, com possibilidade de aumento nos juros pelo Banco Central.
Rui Costa argumentou que parte da apreensão decorre de fatores externos, como a ansiedade sobre o futuro da economia americana e possíveis políticas protecionistas do presidente eleito dos Estados Unidos. Ele enfatizou que o Brasil está sendo afetado por uma conjuntura internacional adversa e não por falhas estruturais internas, sugerindo que a sociedade reflita sobre a discrepância entre os indicadores positivos do país e a reação do mercado.