O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou o último pregão do ano com 120.283 pontos, marcando uma leve alta de 0,01% em relação à sexta-feira anterior. Apesar da recuperação pontual, o índice acumulou uma queda de 9,35% ao longo de 2024, com a maior parte das perdas concentrada nos últimos 20 dias. A estabilidade recente foi influenciada por quedas significativas nas ações de empresas do setor elétrico, químico e de engenharia, enquanto algumas altas pontuais, como a recuperação das ações da Americanas, ajudaram a equilibrar o desempenho diário.
O dólar encerrou o dia com uma leve queda de 0,22%, cotado a R$ 6,179. Ainda assim, a moeda norte-americana acumulou uma valorização anual expressiva de 27,36%, impulsionada por incertezas econômicas e pela oscilação nos mercados internacionais. A atuação do Banco Central, com a venda de US$ 15 bilhões em dezembro, foi decisiva para conter as cotações que atingiram níveis históricos no ano, como o pico de R$ 6,2679 registrado no mesmo mês. A variação cambial foi atribuída tanto a fatores internos, como debates sobre cortes de gastos públicos, quanto à política monetária nos Estados Unidos.
A perspectiva para o próximo ano aponta continuidade na volatilidade, com o Boletim Focus elevando pela nona vez consecutiva a projeção do dólar, agora estimado em R$ 5,96 em 2025, enquanto o orçamento aprovado no Parlamento sugere uma taxa de câmbio média de R$ 4,98. A retomada das negociações na B3, marcada para 2 de janeiro, ocorre tradicionalmente em um ambiente mais calmo, com possibilidade de tendências de alta devido ao recesso político e ritmo mais moderado nos mercados internacionais.