O mercado de criptomoedas enfrentou um dia de quedas nesta quarta-feira (18), com o bitcoin registrando desvalorização de 2,80%, negociado a US$ 103.648,52 até 16h40, segundo dados da Binance. Apesar disso, o ativo se manteve acima do patamar de US$ 103 mil, mesmo após atingir uma máxima histórica de US$ 108.353 no início do dia. A decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir as taxas de juros em 25 pontos-base, acompanhada de projeções de um ritmo mais lento de flexibilização monetária para o próximo ano, trouxe cautela aos investidores. O Ethereum também recuou, apresentando uma queda de 2,23%, negociado a US$ 3.850,45.
A reação contida do mercado reflete o receio de uma postura mais moderada do Fed em 2024, que pode limitar os ganhos dos ativos de risco, como as criptomoedas. No entanto, especialistas da BlackRock destacaram o potencial do bitcoin como alternativa de diversificação, já que títulos do governo americano se mostram menos eficazes nesse papel em cenários variados. Ao mesmo tempo, a aprovação de quatro bolsas de criptomoedas em Hong Kong reforça a corrida global por protagonismo na negociação de ativos digitais.
Apesar das incertezas de curto prazo, há uma visão otimista para o longo prazo, com expectativas de um ambiente econômico mais favorável sob a nova administração nos Estados Unidos. Por outro lado, análises como a do Commerzbank alertam para a limitação do bitcoin como meio de pagamento prático e como reserva de valor em momentos de crise. No Brasil, o Banco Central anunciou novas possibilidades de integração do Pix, como pagamentos de boletos, sinalizando avanços na digitalização financeira.