O mercado de câmbio no Brasil continua sendo impactado pela incerteza em torno do pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo, o que tem pressionado a cotação do dólar. Na última semana, a moeda norte-americana atingiu um novo recorde, alcançando a marca de R$ 6,06. A indefinição sobre a implementação do pacote fiscal contribui para a instabilidade econômica e aumenta a volatilidade no mercado.
Além disso, os investidores estão atentos às ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas sobre os países emergentes que fazem parte do bloco dos BRICS. A perspectiva de tarifas comerciais mais altas gera preocupações sobre o impacto econômico global, especialmente em economias em desenvolvimento como a brasileira, que já enfrentam desafios fiscais internos.
No cenário político nacional, grandes bancos têm demonstrado apoio a Fernando Haddad, com o objetivo de evitar o enfraquecimento do ministro responsável pela pasta. Enquanto isso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, liberou o pagamento de emendas parlamentares que estavam suspensas desde agosto, e afirmou que continuará monitorando a situação para garantir a continuidade da gestão financeira. A combinação desses fatores tem criado um ambiente de incerteza econômica e política, que mantém os investidores atentos e cautelosos.