Na sexta-feira (20), os mercados estarão focados na divulgação de dados econômicos cruciais. Nos Estados Unidos, serão apresentados o Índice de Preços PCE de novembro, um dos principais indicadores de inflação, e dados sobre os gastos dos consumidores. Mais tarde, também será divulgado o Índice de Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan. No Brasil, a atenção estará voltada para a Receita Tributária Federal de novembro, que traz detalhes sobre o desempenho fiscal do país, além da Sondagem do Consumidor para dezembro, um termômetro sobre o otimismo da população. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também têm compromissos importantes durante o dia.
No cenário internacional, os Estados Unidos enfrentam uma possível paralisação do governo, após o fracasso de um projeto de lei de gastos na Câmara dos Deputados. Essa crise pode impactar as viagens de Natal e a confiança dos mercados. No Brasil, o Banco Central anunciou uma oferta de dólares para tentar controlar a volatilidade da moeda e amenizar os efeitos da desvalorização do real. Além disso, a expectativa é que o crescimento econômico do Brasil em 2024 seja de 3,5%, embora a inflação tenha se mostrado mais resistente e possa ultrapassar a meta.
Em relação à política fiscal no Brasil, o governo avançou com medidas que visam ajustar a execução de programas sociais e controlar o crescimento das despesas. A Câmara dos Deputados aprovou projetos que impactam o salário mínimo e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de uma proposta para limitar o crescimento de despesas públicas. A análise sobre a situação fiscal brasileira tem gerado preocupação entre investidores, refletida no aumento do custo do seguro contra calote da dívida pública. A agenda política e econômica da sexta-feira é essencial para os investidores, que aguardam sinais sobre a estabilidade fiscal e o comportamento da inflação nos próximos meses.