O Ministério Público de São Paulo está investigando uma quadrilha especializada em roubos a veículos de transporte de valores, com foco em desmantelar as conexões entre diversos ataques ocorridos no estado. A operação, que resultou na prisão de 14 pessoas, revelou que fuzis usados em um assalto a um carro-forte em setembro foram empregados em outros dois crimes semelhantes em cidades diferentes. A ação envolveu equipes do Gaeco, Polícia Civil, Militar e Federal, além de apreensões significativas, como R$ 900 mil em espécie e nove veículos de luxo. A operação é uma das fases da investigação que busca identificar os integrantes da quadrilha e suas ligações.
A investigação apontou que, ao contrário de organizações criminosas mais estruturadas, essa quadrilha não possui uma base territorial fixa, mas atua de forma articulada em diferentes regiões de São Paulo. Os criminosos se unem para realizar ataques coordenados, utilizando informações detalhadas sobre as operações dos carros-fortes e selecionando alvos de acordo com a logística e a viabilidade de cada ação. Em um dos ataques mais violentos, criminosos usaram explosivos e fuzis para tentar roubar um carro-forte, mas falharam, já que a carga de dinheiro acabou sendo destruída durante a tentativa de abertura do cofre.
A operação também foi marcada por confrontos violentos, como o tiroteio que ocorreu em setembro, quando houve perseguição e troca de tiros entre policiais e criminosos. Durante um dos confrontos, um policial militar e três criminosos foram mortos. A ação revelou ainda a presença de armamentos pesados e equipamentos militares, como coletes balísticos e munições de grosso calibre. A operação, que recebeu o nome de “Carcará”, foi em homenagem a um policial militar morto durante um dos confrontos com a quadrilha.