O vice-presidente Geraldo Alckmin comentou, em entrevista recente, sobre as medidas fiscais aprovadas pelo Congresso, destacando que, apesar das modificações realizadas pelos parlamentares, o pacote fiscal será suficiente para eliminar o déficit nas contas públicas em 2025, conforme a meta estabelecida pelo governo. Embora a estimativa de economia tenha sido revista, passando de R$ 71,9 bilhões para R$ 69,8 bilhões entre 2025 e 2026, Alckmin acredita que a ausência de déficit contribuirá para a redução dos juros e o crescimento econômico. Além disso, ele reafirmou a importância de um bom ajuste fiscal para o cenário econômico do país.
Sobre a inflação, o vice-presidente apontou que o aumento nos preços, especialmente dos alimentos, é reflexo de problemas climáticos, como a seca na última safra. Alckmin criticou a elevação da taxa de juros como resposta a esses choques externos, citando a diferença de abordagem adotada pelo Banco Central dos Estados Unidos, que exclui alimentos e energia ao calcular a inflação. Ele também expressou otimismo para 2024, acreditando que o clima favorável e o aumento na produção agrícola poderão contribuir para a queda de preços e a geração de empregos.
Por fim, Alckmin falou sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que deve ser internalizado nos próximos meses após mais de 25 anos de negociações. Embora o acordo não possa ser alterado, ele ressaltou os benefícios do comércio exterior, destacando a criação de novos mercados, a geração de empregos e o aumento nas exportações como pontos positivos para a economia brasileira no futuro próximo.