O ministro da Fazenda afirmou que espera uma acomodação do câmbio, mesmo com a recente alta do dólar, que alcançou R$ 6,20 nesta semana. Ele destacou que o Banco Central e o Tesouro Nacional têm adotado medidas para estabilizar o mercado, como intervenções no câmbio futuro e a recompra de títulos públicos. O ministro reconheceu a possibilidade de ataques especulativos, mas mostrou otimismo com as previsões econômicas discutidas com instituições financeiras, que apresentam cenários melhores do que os projetados por especuladores.
Haddad enfatizou o compromisso do governo em manter a contenção de gastos alinhada às metas econômicas e fiscais. O pacote fiscal, com impacto estimado de R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030, é considerado essencial para evitar a desidratação das políticas econômicas propostas. Segundo o ministro, as alterações feitas pelo Congresso nos projetos têm sido moderadas, e o diálogo com parlamentares reforça a expectativa de que as medidas sejam mantidas na escala necessária para garantir o equilíbrio fiscal.
O governo também busca avanços legislativos, com a votação de duas propostas importantes: a PEC 45/2024, que limita o abono salarial a partir de 2026, e o PL 4.614/2024, que estabelece limites para a valorização do salário mínimo. Essas iniciativas integram o esforço do governo em consolidar a disciplina fiscal e dar continuidade ao pacote econômico, considerado crucial para a estabilização da economia e a recuperação da confiança no mercado.