O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 32 anos, iniciou a execução de uma pena de 17 anos de prisão após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos eventos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em invasões e destruição de patrimônio público. Durante os atos, ele destruiu um relógio histórico do Palácio do Planalto, um artefato francês do século XVII, amplamente repercutido nas mídias internacionais. Além da pena de prisão, Ferreira foi condenado ao pagamento de R$ 30 milhões em danos morais coletivos.
Ferreira confessou o ato e justificou sua ação em resposta à reação dos órgãos de segurança durante os protestos. Após fugir para Uberlândia (MG), foi capturado pela Polícia Federal 16 dias depois. O STF, ao concluir o julgamento, destacou a gravidade dos ataques e a importância da proteção do patrimônio nacional, encerrando o processo sem a possibilidade de novos recursos.
Em paralelo, a restauração do relógio destruído mobilizou esforços internacionais, com a colaboração de especialistas suíços e brasileiros. A peça, produzida por Balthazar Martinot, é um símbolo da herança cultural do Brasil, trazida ao país em 1808. Após a reconstrução, o relógio será reinstalado como um marco da preservação da memória histórica e da resiliência democrática do país.