A Marinha do Brasil mobilizou 44 militares para auxiliar nas buscas pelos desaparecidos após o colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Tocantins e Maranhão. A operação inclui mergulhadores, tripulantes de aeronaves e especialistas em análise das águas. Em Belém, outros 20 profissionais estão envolvidos no planejamento logístico da missão. As buscas subaquáticas devem ocorrer nesta quarta-feira, 25, em um ponto do rio Tocantins com profundidade de até 40 metros, com apoio de uma aeronave UH-15 Super Cougar, embarcações, motos aquáticas e viaturas. Além disso, a Polícia Federal anunciou o uso de drones subaquáticos para localizar as vítimas.
O desabamento da ponte, ocorrido no último domingo, resultou na morte de quatro pessoas e no desaparecimento de 13 outras, incluindo duas crianças. Dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas, caíram no rio, complicando as buscas. A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as causas do acidente e identificar responsáveis. A investigação será conduzida pelas superintendências da PF nos estados do Maranhão e Tocantins, que têm jurisdição sobre a área do desastre.
Além do impacto humano, o acidente provocou riscos ambientais, pois três caminhões carregados com substâncias perigosas, como defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, caíram no rio. O governo do Maranhão orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nas áreas afetadas até que os contaminantes se dissipem. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está com um projeto de restauração da ponte, com previsão de conclusão em 2025, ao custo de até R$ 150 milhões.