A Malásia anunciou que retomará as buscas pelos destroços do voo MH370, desaparecido em março de 2014, mais de uma década após o incidente. O voo, operado por um Boeing 777 da Malaysia Airlines, partiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim, mas perdeu contato com as autoridades aéreas durante a viagem. Desde então, o desaparecimento se tornou um dos maiores mistérios da aviação mundial. O governo malaio se comprometeu a continuar a busca, com a ajuda da empresa Ocean Infinity, responsável pelas últimas tentativas de localização, em 2018. A nova missão, que cobrirá uma área de 15 mil km² no sul do Oceano Índico, será realizada sob a condição de pagamento apenas se os destroços forem encontrados.
A retomada das buscas vem após uma análise de dados recentes de especialistas, que indicam uma maior possibilidade de encontrar as partes do avião. O ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, expressou que a decisão foi motivada pela responsabilidade de dar um desfecho para as famílias das vítimas. Mais de 150 passageiros chineses estavam a bordo, e o voo também transportava cidadãos de diversas nacionalidades, incluindo malaios, australianos e canadenses. A Ocean Infinity realizará a operação por 18 meses, e o contrato firmado prevê um pagamento de até US$ 70 milhões caso a busca seja bem-sucedida.
O desaparecimento do voo MH370 levantou várias teorias sobre o que ocorreu durante o trajeto. Em 2018, um relatório de investigação sugeriu que os controles da aeronave haviam sido provavelmente manipulados deliberadamente para desviar sua rota, mas não foi possível determinar os responsáveis. Apesar das extensas buscas realizadas até agora, que cobriram mais de 120 mil km², as autoridades não conseguiram localizar o avião. O caso continua envolto em mistério, com muitas perguntas sem resposta, e a Malásia mantém seu compromisso de continuar a busca até que novas evidências possam fornecer clareza sobre o destino do voo.