Um juiz de Nova York rejeitou o pedido da defesa do ex-presidente dos Estados Unidos para anular sua condenação por ocultação de pagamentos feitos a uma atriz em 2016. A defesa argumentou que ele deveria ser beneficiado pela imunidade presidencial, mas o magistrado afirmou que, como os atos ocorreram antes de sua presidência, a imunidade não se aplicava. Em maio, o réu foi considerado culpado por 34 acusações de fraude contábil relacionadas a pagamentos feitos para silenciar a atriz, os quais foram registrados como despesas legais pela empresa dele. O caso gerou repercussão, pois foi o primeiro julgamento criminal envolvendo um ex-presidente dos EUA.
Apesar de a decisão de manter a condenação, a Promotoria indicou que a sentença não deverá resultar em prisão enquanto o ex-presidente ocupar o cargo. As autoridades sugeriram que qualquer punição fosse adiada até o término de seu mandato, em 2029, a fim de não prejudicar suas atividades oficiais. No mês passado, o juiz adiou indefinidamente a sentença, que originalmente estava marcada para novembro. Essa medida foi adotada para evitar que uma possível pena interferisse em seu desempenho no cargo durante o mandato.
O caso está centrado nos pagamentos feitos por meio do advogado do ex-presidente, que reembolsou valores à atriz, e nos registros contábeis utilizados para ocultar a verdadeira natureza das transações. De acordo com os promotores, os pagamentos foram feitos para evitar danos à imagem do ex-presidente durante as eleições de 2016. Embora o ex-presidente tenha alegado que a questão foi tratada para proteger sua família e não para influenciar eleitores, a Justiça considerou que o intuito era de ocultar os fatos.