Os líderes do Partido Socialista da França destacaram as discussões recentes com o presidente Emmanuel Macron como produtivas, mas sem conclusões definitivas, após uma reunião com outros chefes de partidos tradicionais. Macron afirmou que tomará uma decisão sobre o novo primeiro-ministro em até 48 horas. A eleição do próximo chefe de governo ganha relevância após a destituição de Michel Barnier, resultando na segunda grande crise política do país em menos de seis meses. Macron busca o apoio dos socialistas para evitar mais instabilidade e um novo voto de desconfiança no Parlamento, mas, em troca, os socialistas exigem a nomeação de um primeiro-ministro alinhado à esquerda.
O presidente francês está tentando evitar o agravamento da crise política, que se intensificou após a dissolução do Parlamento e as eleições antecipadas de junho. Isso resultou em um cenário instável, com dificuldades para formar uma maioria sólida. Durante a reunião com os líderes partidários, Macron expressou seu desejo de evitar novas dissoluções do Parlamento até o fim de seu segundo mandato, em 2027. Além disso, ele deixou claro que não pretende buscar apoio de forças da extrema-esquerda ou da extrema-direita, como o Reunião Nacional.
Com a pressão para nomear um novo governo rapidamente, Macron também enfrenta o desafio de garantir a aprovação de uma legislação de emergência que permita a extensão do Orçamento de 2024. O governo anterior não conseguiu avançar com o projeto de lei orçamentária de 2025, o que complica ainda mais o cenário político e econômico da França. A expectativa é que a situação seja resolvida nos próximos dias, com a nomeação do novo primeiro-ministro e a formação de um gabinete capaz de enfrentar a crise fiscal e política.