O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (5) que nomeará um novo primeiro-ministro nos próximos dias, após o Parlamento francês aprovar um voto de desconfiança contra o premiê Michel Barnier, o que resultou na queda do governo. Barnier apresentou sua renúncia ao presidente, que agradeceu o trabalho e a dedicação do então premiê, ao mesmo tempo em que destacou a união das oposições, que se aliaram em uma frente contra o governo.
A crise foi desencadeada quando Barnier tentou aprovar parte do Orçamento de 2025, que inclui medidas fiscais impopulares, como aumentos de impostos e cortes de gastos para reduzir o déficit público. A proposta, que também prevê o atraso no reajuste das pensões, foi criticada pela oposição e gerou um ambiente político tenso. Para contornar a falta de apoio no Parlamento, Barnier recorreu a um mecanismo constitucional controverso, o que acabou motivando a apresentação de moções de desconfiança contra ele.
Apesar da crise política, Macron afirmou que cumprirá seu mandato até 2027 e pediu por uma nova era de compromissos para enfrentar os desafios globais. O presidente ressaltou que, a partir de agora, será necessário trabalhar de forma ambiciosa e evitar divisões internas para garantir o futuro da França, que enfrenta questões econômicas e sociais complexas.