O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relatou que começou a sentir sintomas incomuns no domingo (8), como dor de cabeça, sono e dificuldade para caminhar, mas inicialmente atribuiu os sinais ao cansaço e ao sol que havia tomado. No dia seguinte, os sintomas persistiram, levando-o a consultar a médica Ana Helena Germoglio, que solicitou exames. Uma tomografia realizada em Brasília diagnosticou uma hemorragia intracraniana, o que motivou sua transferência urgente para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ele foi submetido a uma cirurgia.
Lula explicou que os médicos ficaram preocupados com a gravidade de seu quadro e que, apesar da urgência, a viagem a São Paulo precisou aguardar o retorno do avião presidencial, que estava no Rio de Janeiro. Durante o tratamento, o presidente confessou ter se assustado com a quantidade de líquido acumulado na cabeça, mas afirmou não ter compreendido totalmente a gravidade da situação até após a cirurgia.
O presidente deve permanecer em São Paulo até quinta-feira (19), quando passará por uma nova tomografia para acompanhar sua recuperação. Enquanto isso, ele ficará em sua residência na capital paulista. Apesar do quadro clínico, Lula já pode retomar suas atividades, incluindo a possível convocação de uma reunião ministerial ainda este ano.