O líder do Partido do Poder Popular, Han Dong-hoon, sugeriu nesta sexta-feira (6) que o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, seja imediatamente suspenso do cargo para evitar um “grave perigo” ao país, após o caos gerado pela declaração de uma curta lei marcial. Han afirmou que, segundo informações confiáveis, Yoon teria ordenado a prisão de importantes políticos durante o breve período de lei marcial na terça-feira (3). Apesar da negação do gabinete presidencial sobre tais ordens, a declaração de Han indica que o presidente pode estar perdendo o apoio de sua própria base política.
Essa posição aumenta a pressão sobre Yoon, já que no sábado (7) está prevista uma votação no parlamento para decidir sobre o impeachment do presidente. Para que a moção de impeachment seja aprovada, é necessário o apoio de dois terços da legislatura, o que exige o apoio de pelo menos oito membros do partido governista. O decreto de lei marcial, embora tenha sido derrubado rapidamente pelo parlamento, gerou uma onda de protestos, incluindo manifestantes e figuras da oposição que exigem a renúncia de Yoon. A situação tem gerado temores de uma nova declaração de lei marcial, levando a investigações e a um aumento da insegurança política no país.
Além disso, a recente queda nas pesquisas de aprovação do presidente, que atingiu um novo recorde de 13%, reflete a crescente insatisfação pública. O comando militar, que já questionou as ordens durante o episódio da lei marcial, também tem sido alvo de investigações. Autoridades de defesa afirmaram que relatos de uma nova imposição de lei marcial são infundados, mas as tensões permanecem altas, enquanto o país aguarda o desfecho político da crise.