O líder do Partido do Poder Popular (PPP) da Coreia do Sul, Han Dong-hoon, mudou sua posição sobre o governo do presidente Yoon Suk Yeol, pedindo a sua rápida suspensão após relatos de que ele tentaria implementar uma nova lei marcial. A moção de destituição foi marcada para votação na Assembleia Nacional, com apoio crescente dentro de seu próprio partido. Han declarou que a permanência de Yoon no cargo representa um grande risco para o país, especialmente após ações que envolvem o uso ilegal do Exército para tentar controlar a oposição política, como a tentativa de detenção de parlamentares durante a aplicação temporária da lei marcial.
O escândalo gerou uma crise política, com o governo enfrentando acusações de violação constitucional. Yoon, que havia suspendido a lei marcial sob forte pressão interna e internacional, foi criticado por não tomar medidas contra oficiais do Exército envolvidos na ação. A oposição, que já havia apresentado a moção de impeachment, viu sua chance de sucesso aumentar após a mudança de postura do PPP. Além disso, uma pesquisa recente mostrou que a popularidade de Yoon despencou, com 73,6% dos sul-coreanos apoiando sua destituição.
A situação ainda está sendo investigada pelas autoridades, que apuram denúncias de insurreição contra o presidente e membros de seu governo. A medida de lei marcial, a primeira em mais de 40 anos, reacendeu lembranças de um passado autoritário no país. A crise gerou preocupação entre aliados internacionais, especialmente os Estados Unidos, que expressaram confiança na democracia da Coreia do Sul, mas permanecem vigilantes quanto à estabilidade política do país.