O novo líder do governo nacional na Síria, engenheiro de formação e com experiência em direito islâmico e civil, assume uma missão complexa após anos à frente do governo de salvação na região de Idlib. Essa administração foi criada em 2017 com o objetivo de fornecer serviços básicos em áreas controladas por rebeldes, marcadas por isolamento e conflitos intensos. Agora, o desafio é unir um país devastado por 13 anos de guerra e profundas divisões internas, equilibrando interesses regionais e as necessidades de uma população majoritariamente em situação de pobreza.
A região de Idlib, onde o líder construiu sua carreira política, está sob a influência de grupos rebeldes e enfrenta uma dinâmica instável, com facções disputando o controle de áreas antes dominadas pelo governo central. Apesar da falta de recursos, a experiência adquirida na administração local é vista como um trunfo para lidar com os desafios nacionais. No entanto, especialistas apontam que o sucesso dessa transição dependerá da cooperação entre diferentes forças políticas e do envolvimento de líderes experientes na reconstrução do país.
A transição para uma governança nacional reflete uma tentativa de organizar uma administração funcional e democrática em meio a um cenário de tensão. Embora o caminho seja incerto, há uma percepção de que a participação de todos os segmentos da sociedade síria será essencial para garantir estabilidade e promover uma transição pacífica para um futuro mais inclusivo e próspero.