A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, tem se mobilizado globalmente contra a posse de Nicolás Maduro, que, segundo ela, se beneficiou de um processo eleitoral fraudulento. Machado pediu que governos, especialmente dos Estados Unidos e países latino-americanos, adotem uma postura firme até o dia 10 de janeiro, data em que Maduro tomaria posse para um novo mandato. A oposição, que rejeita o resultado das eleições de julho, afirma que o verdadeiro vencedor foi outro candidato, e vários governos internacionais apoiam essa versão. Machado considera que o regime de Maduro está cada vez mais enfraquecido e tóxico, sendo incapaz de manter o controle sem recorrer à repressão militar e judicial.
A líder da oposição também criticou uma nova legislação aprovada pela Assembleia Nacional venezuelana, que pune cidadãos que apoiam sanções estrangeiras contra o governo. Essa lei surgiu como resposta à aprovação nos Estados Unidos da Lei Bolívar, que visa restringir relações comerciais entre o governo dos EUA e a Venezuela. Machado, que já foi alvo de sanções e processos por parte do governo venezuelano, vê essas medidas como parte de um padrão de repressão política. Ela acredita que as pressões internacionais, especialmente por meio de sanções, devem continuar a crescer para enfraquecer as bases do regime e enfraquecer suas alianças regionais.
Por fim, María Corina Machado afirmou que, apesar das ações internas de repressão, o apoio popular e as pressões internacionais podem derrubar o regime de Maduro. Ela destacou que a mobilização civil, com apoio de organizações de direitos humanos e de mães de presos políticos, é crucial para enfraquecer as estruturas de poder do governo. Para Machado, é essencial que a comunidade internacional, principalmente os Estados Unidos, adote uma abordagem mais assertiva, deixando claro a Maduro que seu tempo à frente da presidência está no fim e que o regime não poderá continuar se sustentando por muito mais tempo.