A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria na Câmara, manifestou-se neste sábado, 14, contra a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. Kicis criticou a alegação de tentativa de golpe que motivou a prisão, considerando-a infundada e afirmando que não há base jurídica para tal acusação. Para ela, Braga Netto é um general respeitado, e a ação do Supremo Tribunal Federal (STF), que expediu o mandado de prisão, é um desrespeito às normas legais.
A prisão de Braga Netto faz parte de um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe no Brasil, com ações que incluíam ameaças à vida de autoridades e planos de desestabilização política. Kicis, no entanto, questionou a condução do processo, sugerindo que o general deveria ser julgado pela Justiça Militar, e não pelo STF. A deputada ainda levantou dúvidas sobre as acusações de obstrução de justiça e a alegação de que Braga Netto teria tentado obter informações sigilosas de uma delação, defendendo que não há provas suficientes para justificar a prisão.
Além disso, Kicis usou a ocasião para criticar o Partido dos Trabalhadores (PT), acusando-o de corrupção e vínculos com o narcotráfico, enquanto apontava falhas na administração pública durante o governo atual. A deputada também se manifestou sobre declarações de Mauro Cid, envolvido na investigação, e se distanciou de possíveis associações com grupos mencionados nas delações. A postura de Kicis destaca um cenário político tenso e polarizado, refletindo as disputas entre diferentes esferas do poder no Brasil.