O levante iniciado em Aleppo no final de novembro segue ganhando força, com grupos rebeldes avançando rapidamente em direção à capital síria, Damasco. O movimento jihadista HTS (Organização para a Libertação do Levante) intensificou os ataques, tomando o controle de várias cidades estratégicas, como Hama e Deir el-Zor. Apesar do apoio de aliados do regime de Bashar al-Assad, como Rússia e Irã, a ofensiva rebelde tem sido bem-sucedida, em parte devido ao enfraquecimento dessas alianças, especialmente pelo conflito com Israel e a guerra na Ucrânia.
Em dezembro, as forças governamentais começaram a recuar em várias frentes. Em 5 de dezembro, Hama foi tomada pelos rebeldes, enquanto a Rússia reforçava seu apoio ao regime sírio e o Hezbollah enviava soldados para combater ao lado do governo. Ao mesmo tempo, a Síria enfrentava um aumento no deslocamento de civis, com a ONU estimando que até 1,5 milhão de pessoas poderiam ser forçadas a abandonar suas casas devido ao avanço rebelde. No leste do país, forças curdas, apoiadas pelos Estados Unidos, também conseguiram tomar Deir el-Zor, complicando ainda mais a situação para o governo de Assad.
O cerco a Damasco se intensifica a cada dia. Em 7 de dezembro, os rebeldes tomaram mais duas cidades próximas à capital, Quneitra e Sanamayn, e os combates se aproximaram da zona sul da cidade. A retirada das tropas governamentais de algumas áreas e o controle crescente dos rebeldes sinalizam uma virada significativa no conflito sírio. A situação continua instável, com o futuro do regime de Bashar al-Assad em risco diante da força do levante e das mudanças nas alianças regionais e internacionais.