O Ministério da Defesa da Coreia do Sul anunciou a suspensão de três oficiais de alto escalão do Exército devido à sua participação na implementação da lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol. Os oficiais suspensos são os comandantes das forças militares de Seul, das forças especiais e de contraespionagem. A lei marcial foi imposta por Yoon na terça-feira (3), quando tropas e helicópteros foram enviados ao Parlamento, uma medida sem precedentes desde a democratização do país em 1987, que gerou uma crise política significativa.
Em resposta, os legisladores sul-coreanos iniciaram os procedimentos para o impeachment do presidente, que foi forçado a suspender a ordem cerca de seis horas após a votação unânime do parlamento para revogar a medida. A oposição pressionou pela realização de uma votação sobre o impeachment no dia 7 de dezembro, exigindo o apoio de dois terços da Assembleia Nacional para que o processo siga para a Corte Constitucional, que decidiria sobre a remoção do presidente do cargo.
A situação ganhou contornos inesperados quando o líder do partido governista, em uma reviravolta política, manifestou apoio à suspensão dos poderes de Yoon. Ele afirmou que o presidente teria dado ordens para prender e deter políticos sob acusações de atividades antiestatais durante o período de vigência da lei marcial, tornando o impeachment mais provável. A crise continua a se desenrolar, com o futuro político de Yoon em disputa.