Na última terça-feira (3), o presidente Yoon Suk-yeol anunciou um decreto de lei marcial, que foi rapidamente derrubado pelo Parlamento da Coreia do Sul. A medida, que gerou confrontos entre manifestantes e forças de segurança em frente à Assembleia Nacional, foi revogada após a pressão parlamentar. O presidente, que se encontra em uma posição política enfraquecida desde a eleição, declarou que a decisão seria revertida, mas os motivos por trás da crise não são totalmente claros. A ação do governo provocou uma forte reação pública, com muitos pedindo a prisão do presidente.
Esse episódio ocorre em um contexto de tensões internas, exacerbadas pela divisão política no país, que já viveu períodos de regime autoritário. A Coreia do Sul, embora atualmente uma democracia próspera, tem um passado marcado por instabilidade política e militar. O país foi dividido após a Segunda Guerra Mundial, resultando em décadas de regime autoritário no sul, antes de se tornar uma das maiores economias do mundo. O enfraquecimento do atual presidente, aliado à forte reação popular, coloca a estabilidade da democracia sul-coreana sob um novo desafio.
A história recente da Coreia do Sul está intrinsecamente ligada à sua relação com a Coreia do Norte e às potências internacionais, como os Estados Unidos. Durante o governo de Moon Jae-in, houve esforços para melhorar as relações intercoreanas, mas a ascensão de Yoon Suk-yeol trouxe uma postura mais firme em relação ao regime norte-coreano. Enquanto isso, a Coreia do Sul também se consolidou como um centro cultural global, com destaque para o K-pop e as produções televisivas que alcançam o mundo inteiro. Em termos diplomáticos, as relações com o Brasil cresceram desde a década de 1960, com aumento significativo no comércio bilateral nos últimos anos.