Na sexta-feira, 6 de dezembro, parlamentares sul-coreanos discutiram um pedido de investigação sobre a recente declaração de lei marcial feita pelo presidente do país. A medida, tomada na terça-feira, 3 de dezembro, foi vista como uma tentativa de consolidar o poder, restringir atividades políticas e censurar a mídia, o que gerou fortes críticas no país. Durante a reunião, o chefe do Comitê de Legislação e Judiciário da Assembleia Nacional, afirmou que a decisão poderia constituir uma violação da Constituição, além de ser interpretada como um ato de traição.
A declaração de lei marcial causou grande indignação entre a população e preocupações nos aliados internacionais da Coreia do Sul. O ministro da Defesa, que havia recomendado a medida, renunciou ao cargo horas depois. Em resposta às críticas, o presidente justificou sua ação como necessária para proteger a ordem constitucional e a segurança do país, alegando que a oposição havia paralisado o processo legislativo, colocando a nação em risco de uma crise. Yoon também afirmou que a medida era essencial para garantir a estabilidade e o futuro da nação frente a possíveis ameaças externas e internas.
Após a reunião do Comitê Judiciário, espera-se que o pedido de investigação seja discutido em sessão plenária na Assembleia Nacional no dia 10 de dezembro. A crise política gerada pela declaração de lei marcial tem gerado uma série de protestos, renúncias no governo e pedidos de impeachment do presidente, refletindo a crescente polarização e instabilidade política no país. O governo segue sendo pressionado tanto por opositores quanto pela população, que vê a medida como uma ameaça à democracia e às liberdades individuais.