A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou para um crescimento econômico mais fraco na zona do euro nos próximos meses, com riscos negativos predominando nas perspectivas de médio prazo. Durante uma audiência parlamentar, Lagarde destacou que a economia da região tem permanecido praticamente estagnada nos últimos 18 meses, e que a recuperação esperada não se concretizou. A fraqueza econômica tem ajudado a controlar a inflação, mas preocupa as autoridades do BCE, que temem que uma desaceleração ainda maior possa resultar em inflação abaixo da meta de 2%.
Lagarde apontou que o curto prazo traz desafios adicionais, como a desaceleração no setor de serviços e a contínua contração no setor industrial. Ela também mencionou os riscos geopolíticos, que têm impacto sobre o comércio internacional e, por conseguinte, sobre a produção e o investimento dentro da zona do euro. Esses fatores criam um cenário de incerteza para os próximos meses, e a presidente do BCE reforçou que as perspectivas para o médio prazo continuam a ser dominadas por riscos negativos.
No entanto, a presidente do BCE indicou que há possibilidade de recuperação no futuro, com o aumento do investimento e dos gastos do consumidor, impulsionados pelo crescimento da renda real. A inflação, que se mantém ligeiramente acima da meta de 2% do BCE, pode aumentar no final de 2024, mas espera-se que retorne à meta no ano seguinte. Economistas preveem que o BCE poderá anunciar um novo corte de juros em sua próxima reunião, em 12 de dezembro, seguindo a abordagem de decisões baseadas em dados e no contexto econômico do momento.