O Kremlin desmentiu nesta segunda-feira (23) os relatos divulgados pela mídia turca, que sugeriam que Asma al-Assad, esposa do ex-presidente sírio Bashar al-Assad, estaria planejando se divorciar e deixar a Rússia. De acordo com Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, as informações divulgadas não correspondem à realidade, negando ainda que Asma estivesse confinada em Moscou ou que seus bens tivessem sido congelados. Essas alegações surgiram após a família Assad ter obtido asilo na Rússia, após a queda do regime sírio em dezembro, quando os rebeldes assumiram o controle de Damasco.
A história foi inicialmente veiculada por mídias turcas e árabes, que noticiaram que Asma teria solicitado o divórcio em meio ao caos vivido pela família, que, após a queda do governo de Assad, se refugiou em Moscou. Em uma teleconferência, Peskov foi claro ao afirmar que tais relatos não tinham fundamento e que não refletiam a situação real da família Assad.
A guerra civil síria, que começou em 2011 com manifestações reprimidas pelo regime, se transformou em um conflito prolongado envolvendo múltiplos atores internacionais. A intervenção da Rússia ao lado de Bashar al-Assad e a crescente presença de grupos como o Estado Islâmico marcaram os anos mais críticos da guerra. Com o acordo de cessar-fogo em 2020, a violência diminuiu, mas o impacto humanitário do conflito ainda é profundo, com centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados.