A Klabin prevê um aumento de produção de 200 mil toneladas em 2025, impulsionado por uma série de fatores, como a retomada de fábricas e a ampliação de capacidade com novas máquinas instaladas nos últimos anos. Parte desse crescimento virá do aumento de produção das máquinas 27 e 28 em Origueira (PR) e da reativação da fábrica de reciclados em Paulínia (SP), que ocorrerá no segundo trimestre de 2024. Além disso, a empresa deve evitar paradas gerais de manutenção em sua unidade de Monte Alegre (PR), o que gerará um aumento adicional de 30 mil toneladas na produção do próximo ano.
A companhia também está focada em reduzir seu endividamento nos próximos dois a três anos, após investimentos significativos para ampliar sua capacidade produtiva. A Klabin implementou uma política mais conservadora, reduzindo sua meta de endividamento e cortando a distribuição de dividendos, o que deverá contribuir para melhorar sua geração de caixa. O presidente-executivo da empresa, Cristiano Teixeira, destacou que a companhia continuará investindo no Brasil, especialmente no segmento de celulose fluff, uma área de alta rentabilidade, com previsões de novos investimentos após o período de desalavancagem.
No mercado externo, a Klabin se prepara para desafios relacionados ao câmbio, já que 15% de seus custos são dolarizados. A empresa espera que a variação do câmbio impacte o Ebitda em R$ 160 milhões a cada 10 centavos de alteração na cotação do dólar. A expectativa para o primeiro trimestre de 2025 é de estabilidade nos preços de celulose, com a demanda chinesa superando as expectativas, embora os preços na Europa sigam em queda. A empresa também espera obter recursos da monetização de terras excedentes, o que ajudará na redução de sua alavancagem.