A direção do Juve Stabia, clube da segunda divisão italiana, negou nesta terça-feira que seus torcedores tenham feito gestos associados ao regime fascista após a comemoração do gol de Romano Mussolini, lateral-direito da equipe. O jogador, bisneto do ex-ditador Benito Mussolini, marcou seu primeiro gol pelo clube no último domingo, durante a vitória sobre o Cesena por 1 a 0. Após o gol, parte da torcida celebrou entoando o sobrenome Mussolini e fazendo gestos que lembrariam os realizados durante o regime fascista, o que gerou repercussão na imprensa.
O clube se manifestou em comunicado, afirmando que não aceita qualquer tipo de exploração sobre o atleta e que a torcida agiu como sempre fez em relação a outros jogadores. A nota também refutou qualquer associação com gestos políticos, afirmando que a celebração foi uma manifestação de apoio ao jogador e não um apoio ao passado histórico de sua família. O clube, que recentemente contratou Romano por empréstimo da Lazio, afirmou que tal comportamento não condiz com os valores da instituição.
Romano Mussolini, que tem 21 anos e está emprestado ao Juve Stabia até 2025, já foi formado nas categorias de base da Roma. Durante a temporada, ele disputou 19 partidas, sendo 18 delas pela liga italiana. Embora prefira ser chamado apenas de Romano Mussolini, o lateral permanece em destaque tanto por seu desempenho no campo quanto pela notoriedade de seu sobrenome, que gera controvérsias sempre que se vincula ao esporte.