A Justiça do Rio Grande do Sul tornou réu um médico suspeito de matar a esposa com sorvete envenenado em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre. O acusado, que está preso desde o final de outubro, é investigado por feminicídio e fraude processual. O Ministério Público apontou que o crime foi cometido com o uso de medicamentos controlados, causando a morte da vítima por parada cardiorrespiratória. A acusação inclui agravantes como a utilização de veneno e a condição da vítima ser mãe de uma criança.
O caso envolveu ainda a manipulação da cena do crime, quando o réu e outros envolvidos teriam alterado o local onde o corpo foi encontrado, o que complicou ainda mais a investigação. O médico é suspeito de ter utilizado medicamentos desviados do Sistema Único de Saúde (SUS) para induzir a vítima a um sono profundo e, posteriormente, aplicar substâncias no corpo. A principal hipótese é de que ele tenha forjado um infarto como causa da morte.
A investigação segue com o médico respondendo às acusações, e uma audiência de instrução e julgamento será agendada em breve. A polícia encontrou provas no local do crime, incluindo um pote de sorvete e medicamentos controlados, como o Zolpidem, que foram usados para sedar a vítima. A morte de Patrícia, de 41 anos, gerou grande repercussão, sendo considerada um caso complexo que lembra tramas de filmes policiais.