A Justiça de São Paulo revogou a prisão preventiva de um vereador de Carapicuíba, acusado de cometer injúria racial durante uma discussão com um colega na Câmara Municipal. O incidente ocorreu em uma reunião na terça-feira (10), quando o vereador acusado negou as acusações de racismo, alegando que houve uma interpretação equivocada de suas palavras. Durante o desentendimento, o vereador supostamente teria utilizado expressões ofensivas contra o outro parlamentar, que é negro, o que levou à prisão em flagrante do acusado. O Ministério Público apoiou a liberação do vereador, e a juíza responsável considerou que não havia risco à ordem pública, permitindo sua soltura.
O vereador denunciado negou o crime em depoimento à polícia, mas, segundo o delegado responsável pelo caso, teria admitido informalmente que xingou seu colega. Testemunhas confirmaram as agressões verbais, o que resultou na decisão de sua prisão. A situação gerou repercussão, com protestos em frente à delegacia, onde o acusado foi chamado de “racista” por manifestantes. O vereador acusado declarou, por meio de sua assessoria, que repudia qualquer forma de discriminação e que considera o incidente uma tentativa de manipulação política, distorcendo os fatos.
A Câmara Municipal de Carapicuíba informou que está apurando o caso e aguardando um parecer judicial sobre as medidas a serem tomadas. A Casa Legislativa enfatizou que não compactua com qualquer forma de preconceito e que está comprometida com o esclarecimento dos fatos. O episódio gerou um debate sobre a gravidade das acusações e a necessidade de tratar manifestações de racismo com seriedade no âmbito político e social.