A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) está sendo processada pelo Ministério Público Federal (MPF) após a exclusão de uma bonificação regional de 18% na nota final do Enem para estudantes do estado. A bonificação, que visava facilitar o ingresso de alunos rondonienses no ensino superior, foi retirada após decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que consideraram o benefício inconstitucional. A UNIR alegou que estava cumprindo a orientação do STF, mas o MPF sustenta que a decisão não se aplica ao caso específico da universidade.
O MPF argumenta que a retirada do bônus prejudica estudantes locais, que enfrentam dificuldades educacionais devido ao histórico de baixo desempenho em índices como o Ideb e as médias do Enem. A ação civil destaca que a bonificação regional teve um impacto significativo no aumento de alunos residentes em Rondônia matriculados em cursos como Medicina, em comparação com anos anteriores, quando predominava o ingresso de estudantes de outros estados.
A universidade não respondeu oficialmente aos questionamentos do MPF até a última atualização da reportagem. O Ministério Público pediu a retomada do acréscimo de 18%, afirmando que ele funcionava como um incentivo para os estudantes que cursaram o ensino médio em Rondônia, buscando compensar as desigualdades educacionais e garantir mais oportunidades para a população local.