O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu, nesta quinta-feira (19), manter a prisão do vereador eleito de Nazaré (BA), suspeito de integrar um esquema criminoso responsável por desviar recursos públicos na ordem de R$ 1,4 bilhão, através de emendas parlamentares. O político havia se entregado à Polícia Federal (PF) no dia 11 de outubro, após ficar foragido por um dia. A investigação aponta que ele estaria envolvido em fraudes em licitações realizadas pela Prefeitura de Lauro de Freitas (BA), beneficiando uma empresa específica, além de ter acesso a setores chave da administração municipal.
Durante o processo, o pedido de liberdade foi negado pela Justiça, que destacou o risco de interferência do político nas investigações. Embora ele tenha argumentado que não havia perigo em sua soltura, uma vez que teria residência fixa e emprego, a decisão judicial destacou a possibilidade de que ele pudesse influenciar testemunhas ou destruir provas. A Polícia Federal, em um relatório detalhado, identificou que o político participava ativamente das operações do grupo criminoso, fornecendo apoio logístico e operacional, o que ajudava na manutenção da estrutura da organização.
Além disso, a Justiça Federal soltou outros 11 suspeitos de envolvimento no esquema, incluindo figuras de destaque como o conhecido empresário do setor de resíduos sólidos e um vereador estadual. A prisão e a investigação estão ligadas a um esquema de corrupção que se utilizava de contratos fraudulentos para desviar grandes quantias de dinheiro público. A operação segue em andamento, com a Polícia Federal tentando desmantelar a rede criminosa e identificar todos os envolvidos nas fraudes.