A Justiça Eleitoral deu prosseguimento a um processo que envolve possíveis crimes relacionados à construção do Conjunto Torre de Pituba, em Salvador, destinado a ser a sede da Petrobras. A decisão, tomada pela juíza Rejane Jungbluth Suxberger, incluiu 39 réus, entre pessoas físicas e empresas, e listou seis crimes investigados, como corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, e lavagem de dinheiro. A ação é uma continuidade de investigações iniciadas na Lava Jato, e o Ministério Público Eleitoral excluiu a acusação de caixa dois, pois o prazo para punição já havia expirado.
O caso foi enviado à Justiça Eleitoral em 2021, após uma decisão do STF que identificou a necessidade de revisão do processo. Entre as acusações está o pagamento de propinas que somaram mais de R$ 68 milhões a membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e ex-dirigentes da Petrobras entre 2009 e 2016. As empreiteiras responsáveis pela obra, OAS e Odebrecht, estariam envolvidas no esquema. A juíza Suxberger aceitou a proposta do Ministério Público, determinando a continuidade da investigação sobre outros crimes.
A defesa dos réus argumentou sobre a nulidade de processos anteriores, apontando falhas nas investigações da operação Lava Jato. A inclusão de nomes como os de executivos de grandes empresas e membros políticos no caso gerou controvérsias, com algumas defesas alegando perseguição e reafirmando o compromisso com a justiça. A fase de coleta de provas e depoimentos será crucial para o desfecho da ação, que ainda pode resultar em condenações ou absolvições, conforme a análise da juíza.