A Subprocuradoria-geral de Justiça de Pernambuco requisitou novas diligências para esclarecer a morte de um adolescente de 13 anos, atingido por um disparo de arma de fogo durante uma perseguição policial no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife. A decisão ocorreu após o Tribunal de Justiça de Pernambuco rejeitar o pedido de arquivamento do caso e encaminhá-lo à Procuradoria-Geral de Justiça. A principal questão é identificar a autoria do disparo, dado que a perícia confirmou que a bala que matou o jovem era compatível com armamento utilizado pela Polícia Militar.
O adolescente, que era atleta de futsal, foi atingido durante uma operação policial em busca de criminosos que haviam furtado um veículo. Segundo a versão da Polícia Militar, a perseguição dos suspeitos terminou em um confronto no qual houve troca de tiros. No entanto, o jovem estava em uma casa quando foi atingido e não teria sido socorrido imediatamente pela viatura que o encontrou ferido. A nova determinação do Ministério Público de Pernambuco inclui a reconstituição dos fatos e novas perícias, com o objetivo de determinar a trajetória do projétil e esclarecer quem foi o responsável pelo disparo.
A família da vítima expressou satisfação com a decisão judicial, aguardando que a reconstituição dos fatos ajude a elucidar a situação. A expectativa é que as novas investigações tragam respostas sobre as circunstâncias da morte e, principalmente, sobre a identificação do policial ou policiais envolvidos no incidente. O caso gerou repercussão pela gravidade da situação, especialmente pela falta de socorro imediato ao jovem, que foi levado para a unidade de saúde em condições precárias e acabou falecendo.