Na manhã de quinta-feira, 5 de dezembro, a Justiça determinou a prisão do policial militar responsável pela morte de um homem no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. O incidente ocorreu em 4 de novembro, quando o policial disparou contra o suspeito, que estava tentando furtar mercadorias em um mercado. O PM alegou que agiu em legítima defesa, mas a versão foi contestada pela família da vítima, que nega a possibilidade de reação por parte do homem. As investigações prosseguem, e as imagens de câmeras de segurança revelaram detalhes importantes sobre o ocorrido.
A vítima, que estava em situação de dependência química, foi atingida por diversos disparos enquanto tentava fugir do local após o furto. O boletim de ocorrência indica que o policial alegou ter se sentido ameaçado, com o suspeito fazendo menção a uma arma, embora a família da vítima afirme que ele não teve tempo de reagir. Testemunhas também apontaram que o homem havia cometido outros furtos no mesmo dia, o que reforça a alegação de defesa do policial, mas não justifica a letalidade da abordagem.
O caso gerou comoção, especialmente pela circunstância de a vítima ter falecido poucos dias antes de seu aniversário. O pai da vítima, profundamente abalado, afirmou que, embora a família reconhecesse a infração cometida pelo filho, a resposta do policial foi desproporcional. Ele pede que o agente seja responsabilizado pela morte, que considerou como uma execução, destacando a necessidade de justiça, mesmo diante da dor irreparável pela perda.