A investigação sobre um esquema de desvio de recursos na Apae de Bauru (SP) levou à prisão preventiva de nove pessoas, incluindo familiares de uma funcionária desaparecida e ex-colaboradores da instituição. O caso ganhou novos contornos após a revelação de movimentações financeiras atípicas nas contas de envolvidos, somando cerca de R$ 7 milhões. A investigação, que começou com o desaparecimento da secretária executiva da Apae, se expandiu ao identificar um esquema de superfaturamento de contratos e a utilização de notas fiscais frias para beneficiar os suspeitos.
Durante a apuração, foi descoberto que recursos públicos da Apae estavam sendo desviados por meio de práticas como pagamentos a funcionários fantasmas e a movimentação de valores sem o devido controle. A polícia identificou que uma parte do dinheiro desviado estava sendo transferida para contas privadas de envolvidos, sem o conhecimento ou aprovação da contabilidade da instituição. Diversos itens, como celulares, computadores, armas e dinheiro, foram apreendidos durante as operações realizadas, e novos materiais estão sendo analisados para aprofundar as investigações.
O delegado responsável pela operação destacou que as investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos no esquema, com o objetivo de responsabilizar criminalmente os suspeitos. A polícia também enfatizou a importância de restaurar a confiança na Apae, que continua a ser uma instituição crucial para a assistência a pessoas com deficiência, apesar dos prejuízos à sua imagem causados pelo escândalo financeiro.