A Justiça da Coreia do Sul emitiu um mandado de prisão contra o ex-presidente Yoon Suk-Yeol, que foi afastado do cargo após um processo de impeachment. A decisão judicial ocorre em meio a investigações relacionadas à sua atuação durante a declaração de lei marcial no início do mês, uma medida que foi revogada poucas horas depois, após um tumulto no Congresso. A medida gerou grande repercussão no país, levando à sua suspensão e à espera de uma possível anulação ou confirmação do impeachment pelo tribunal constitucional.
O pedido de prisão foi motivado pela falta de colaboração de Yoon com as investigações sobre os eventos que antecederam a implementação da lei marcial, uma ação que teve forte impacto político. Embora tenha voltado atrás rapidamente, a decisão inicial de Yoon foi vista como um ponto de ruptura entre o Executivo e o Legislativo, culminando em sua suspensão. O caso gerou uma divisão entre diferentes setores da sociedade sul-coreana, com alguns defendendo a legalidade de seus atos e outros questionando sua abordagem autoritária.
O advogado do ex-presidente reagiu à decisão judicial, classificando o mandado de prisão como ilegal e inválido. A polêmica em torno do episódio tem alimentado um debate sobre os limites do poder presidencial e as consequências de decisões unilaterais em momentos críticos. Agora, o caso aguarda uma avaliação mais aprofundada por parte da Corte Constitucional, que será responsável por decidir se o impeachment será mantido ou anulado.