Após 17 anos de prisão injusta, Charlotte Pleytez e Lombardo Palacios foram exonerados pela justiça em 20 de dezembro de 2024, quando um juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles anulou formalmente suas condenações por homicídio. A decisão foi baseada em novas evidências que apontaram outros suspeitos como responsáveis pelo crime de homicídio cometido em 2007, no qual o casal havia sido erroneamente envolvido. A sentença original, que previa 50 anos de prisão ou até a pena de morte, foi considerada injusta após uma revisão minuciosa do caso, conduzida em colaboração com o California Innocence Project e a unidade de revisão de condenações do escritório do promotor.
Durante a coletiva de imprensa após sua liberação, Pleytez expressou tanto a felicidade pela liberdade quanto o medo persistente de ser novamente perseguida pela justiça. Ambos os ex-presos relataram o trauma psicológico vivido durante os anos de encarceramento, com Pleytez destacando o impacto das condições de sua prisão, especialmente durante a gravidez, quando foi forçada a dar à luz algemada. Palacios, por sua vez, descreveu o sofrimento durante os interrogatórios, aos 15 anos, onde foi pressionado a confessar um crime que não cometeu.
Embora gratos pela exoneração, Pleytez e Palacios manifestaram preocupação com o sistema judiciário, que, apesar de corrigir o erro, causou longos anos de sofrimento. Eles esperam que o caso sirva de exemplo para evitar que outras pessoas inocentes permaneçam presas injustamente. O procurador do condado de Los Angeles, que assumiu recentemente o cargo, garantiu que novas investigações estão em andamento para identificar os verdadeiros culpados pelo crime e evitar falhas semelhantes no futuro.